Vencedores, informações técnicas, históricas e curiosidades que envolvem o circuito de Lusail
Escrito por Isadora Guerra
Vem aí mais uma corrida sprint e dessa vez é no Catar! O Formula 1 Qatar Airways Grand Prix 2023 ocorre neste fim de semana (06 a 08 de outubro) no Circuito Internacional de Lusail, nos arredores da capital Doha. Válida como a 18ª etapa de 23 neste ano, a corrida retorna após um hiato de um ano em função da Copa do Mundo do ano passado. Ou seja, o primeiro GP ocorreu em 2021 e, depois daquela corrida, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) assinou com o país um contrato adicional de 10 anos para sediar uma etapa por ano da categoria a partir de 2023.
As atividades começam na sexta-feira (06/10) com o único treino livre da etapa, a partir das 10h30 (horário de Brasília), com transmissão da BandSports, Band Play e F1 TV. Já às 14h ocorre a classificação para a corrida principal. O sábado (07/10) inicia às 10h, com a classificação para a sprint, marcada para às 14h30, também com transmissão da BandSports, Band Play, F1 TV e Band (somente a sprint). No domingo (08/10), a largada do GP está programada para às 14h com transmissão de todos os canais acima.
Circuito Internacional de Lusail
Projetado principalmente tendo em mente as corridas de motociclismo, o Circuito Internacional de Lusail, de 5,4km, é uma pista rápida e fluida, com 16 curvas onde predominam as de média e de alta velocidade, e uma zona de abertura de DRS. Mais de um quilômetro do comprimento total da pista é composto pela reta principal, que oferece muitas oportunidades de ultrapassagem na Curva 1. A prova terá 57 voltas, totalizando pouco mais de 308km de pura emoção.
Deve ser uma corrida com altas temperaturas e muito vento. Embora a prova principal ocorra à noite, durante o dia, as temperaturas podem atingir até 41°C. Quando os carros da F1 estiverem na pista, a temperatura deve cair cerca de 10°C. No entanto, a corrida sprint e o TL1 serão realizados ainda durante o dia (16h30 e 16h, horário local, respectivamente), o que significa que os pilotos terão que lutar para amenizar o calor e a desidratação.
Novidades para 2023
O circuito foi remodelado com uma nova área de box e paddock para receber as equipes de volta. E promete ser palco de fortes emoções, já que é o quarto dos seis eventos Sprint desta temporada, o primeiro noturno, inclusive. Uma das mudanças mais notáveis é a introdução de blocos de concreto, medindo um metro e meio por dois metros, posicionados atrás das zebras em curvas críticas, onde se espera que os limites de pista sejam mais explorados pelos pilotos.
Estes blocos têm uma superfície lisa de um lado e, do outro, uma superfície rugosa composta por brita solidificada, com o intuito de desencorajar os pilotos a ultrapassarem os limites. Este novo método de policiamento de limites de pista será observado de perto por outros circuitos e poderá influenciar futuras abordagens para manter os pilotos dentro dos limites estabelecidos, equilibrando a segurança e a integridade competitiva das corridas.
Troféu
A organização do GP do Catar apresentou o troféu que será entregue na prova deste final de semana. A peça é fruto de uma parceria de três meses entre o Circuito Internacional de Lusail, palco da corrida, e o estúdio italiano Pininfarina. O prêmio dado ao vencedor tem 55cm e pesa aproximadamente 3,6kg.
A obra traz texturas feitas por artesãos que imitam as dunas de areia do Catar, acompanhadas por uma placa de resina alusiva ao estilo dos tradicionais tapetes do país. As peças têm acabamento em alumínio e vão receber gravações feitas a laser. Com o trabalho, os catari pretendem aproximar as tradições do país com o que há de mais moderno em tecnologia e estética, assim como ocorreu no GP do Japão.
Quem tem grandes chances de receber esse troféu é o líder do mundial de pilotos, Max Verstappen (Red Bull), que pode conquistar o título desta temporada no Catar. Para isso, precisa somar três pontos entre as corridas Sprint e principal.
Por falar em título…
A primeira edição da corrida no Catar, em 2021, foi um dos últimos capítulos da antológica disputa entre Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen pelo título daquele ano. A vitória em Lusail ficou com o heptacampeão da Mercedes. A prova marcou, ainda, o retorno de Fernando Alonso ao pódio. Então titular da Alpine, o veterano foi terceiro colocado e findou o jejum de 2674 dias, ou sete anos e três meses, fora do top 3 (desde o segundo lugar na Hungria em 2014, quando ele corria pela Ferrari).
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